[BRIDE WEEK #5] Zelia entrevista Rebeca Nepomuceno

👰✨ É BRIDE WEEK na News da Zelia! ✨👰

Essa semana é totalmente dedicada a você que tá vivendo o sonho do noivado, cheia de pastinhas salvas no Pinterest, referências na cabeça e o coração aceleraaado pelo grande dia!!! Mas, clarinho que esse conteúdo também é destinado a você, que já tem todo o casamento planejadinho e só falta o noivo - i feel you -

Preparamos posts que conversam com esse momento mágico, e hoje o papo é com alguém que entende t-u-d-o de vestir emoção. A estilista paraibana, Rebeca Nepomuceno, é o nome por trás de alguns dos vestidos de noiva mais autênticos do Brasil. Tudo isso devido ao seu olhar que vai muito além da moda! Ela cria vestidos que contam histórias e que respeitam a individualidade de cada noiva. Se pudéssemos vestir poesias, sem dúvidas as criações do Rebeca Nepomuceno Ateliê seriam a materialização disso! Rebeca virou referência pra noivas que sonham em vestir essência e singularidade.

Zelia Team: Vamos começar do começo: quando foi que você percebeu que queria trabalhar com moda, e mais especificamente com vestidos de noiva?  

Rebeca Nepomuceno: Eu sempre soube desde muito nova, que queria trabalhar com moda. Nunca foi uma dúvida, até porque venho de uma família onde minha mãe já atuava na área, então, pra mim, foi muito natural esse processo. Desde os 10 anos de idade, eu já falava que queria ser estilista.

A questão dos vestidos de noiva, em si, só surgiu mais pra frente. […] Depois de uma viagem pra Austrália, onde passei três anos morando, estudando e trabalhando na área, percebi que esse mercado [noivas] era o que eu queria entrar.

Lá [na Austrália] foi muito inspirador, porque eles têm um estilo de casamento no qual eu acredito muito: algo menor, mais intimista, com noivas descomplicadas. Isso realmente fez meus olhos brilharem. Quando voltei pro Brasil, decidi que queria começar a trabalhar com noivas.

Z: Na hora de escolher o vestido, o que você considera o mais importante? Aquilo que toda noiva precisa ter em mente desde o comecinho do processo?

RN: A coisa mais importante na escolha do vestido, antes de tudo, é ser muito fiel a quem você é, à sua essência! […] Fazer a si mesma a pergunta que eu sempre faço no atendimento: “Como é que você gostaria de se sentir nesse dia?”

Você tem um perfil mais clássico? Sempre se imaginou como uma noiva de conto de fadas, uma princesa? Isso é lindo, é maravilhoso! Mas, se você é uma noiva que se sente mais confortável com algo leve, solto e quer se sentir mais fluida no seu casamento, isso também é lindo e super especial.

Acho que o ponto de partida sempre deve ser esse: como você quer se sentir? A partir daí, quando chegar o momento do atendimento, seja pra criar um vestido do zero ou escolher um pronto, já vai ter uma noção mais clara. E vale também experimentar de tudo um pouco, se estiver em dúvida. Colocar a peça no corpo ajuda a entender o que realmente faz sentido pra você.

Z: Hoje em dia tem taaanta referência nas redes, tantas tendências acontecendo ao mesmo tempo… Como você indica que a noiva separe o que é passageiro do que realmente combina com ela e vai continuar fazendo sentido quando ela relembrar através das fotos daqui a 10/20 anos?

RN: Eu acho essa pergunta bem interessante, porque vejo da seguinte forma: tanto acho belo pensar em um vestido que, daqui a 10, 20 anos, ainda faça sentido, como acredito que você deve considerar que a sua escolha representa a mulher que você é hoje.

Então daqui há alguns anos, quando olhar pra trás, vai poder dizer que aquele vestido era a sua cara, diante do que você acreditava no momento.

Não acho que a peça vai ser sempre ultra atemporal. Alguns vestidos, com o passar do tempo, acabam tendo uma estética mais clássica, mais tradicional. Mas, no geral, é difícil olhar pra trás e sentir que o vestido ainda representa 100% quem você é no momento. E, pra mim, a beleza do processo está aí.

Z: Qual você diria que é a principal diferença entre comprar um vestido pronto e fazer um sob medida?

RN: Eu acredito que a principal diferença - pelo menos no meu trabalho - esteja na exclusividade.

O prêt-à-porter, que é esse vestido pronto que desenvolvo no ateliê, é uma coleção que carrega muito da minha identidade. É onde mais coloco minha essência, na verdade. A noiva tem um acesso direto ao que a gente acredita enquanto marca. São peças muito especiais, porque não passam por nenhuma intervenção externa. É um processo muito de dentro pra fora, baseado no que faz sentido pra gente. Claro que sempre inspirado nas vivências com as noivas, mas é algo muito autoral. Já o sob medida traz exclusividade. Se você é uma noiva que busca um vestido único, só seu, esse caminho faz muito sentido.

Mas eu diria que essa é a principal diferença. Todo o restante, o processo de confecção e a imersão no ateliê, é o mesmo.

Z: Tem uma dúvida clássica: com quanto tempo de antecedência a noiva deve procurar o vestido ideal?

RN: No ateliê, a gente sempre pede, no mínimo, 12 meses de antecedência. Se a noiva procurar com ainda mais tempo, melhor ainda! É um processo que leva meses, com muitos encontros ao longo do caminho. E, como a nossa agenda hoje precisa de uma organização bem maior, 12 meses de antecedência é o essencial.

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Z: Ao longo da sua carreira, teve algum vestido que marcou de forma especial?

RN: Sempre tem muitos vestidos que marcam, mas acho que tem um em especial que me tocou bastante, porque a noiva acabou virando uma amiga, e foi uma experiência muito legal, do começo ao fim.

O nome dela é Carol Cola, e foi uma noiva com quem me identifiquei muito. Como falei, no final das contas, nasceu uma amizade. Eu viajei pra Tailândia pra estar no casamento dela, então foi algo super especial, uma experiência que eu nunca vou esquecer.

Z: Se você pudesse dar uma dica só – a mais valiosa de todas – pra quem vai dizer o “sim” em breve, qual seria?

RN: Com certeza, o mais importante é fazer aquilo em que você acredita. Escutar o seu coração, seus desejos, suas vontades. Não se deixar levar pelo que os outros dizem sobre como o seu casamento deveria ser, como você deveria estar, quantas pessoas deveriam estar presentes […] Se for um casamento megalomaníaco, com mil detalhes e 300 milhões de convidados, tudo bem! Se é isso que te representa, tá lindo. E, se você for uma noiva mais minimalista, que quer algo intimista, isso também é maravilhoso. O mais importante é seguir a sua essência!

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