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Começando uma marca do zero 🌱
Vem conhecer a história dessas divas incríveis que tiraram seus sonhos do papel e criaram marcas icônicas! ✨
Como assim já estamos praticamente na metade de Dezembro???? 🤯 Com o fim de 2024 se aproximando, a gente começa a fazer aquele balanço de tudo que aconteceu no ano que passou… e se permite sonhar com o que queremos para 2025.

Por isso, preparamos uma news SUPER especial hoje, que talvez sirva como o empurrãozinho que muitas de vocês precisavam para tirar seus sonhos do papel: entrevistamos 3 mulheres incríveis que começaram a sua marca do zero e estão ✨ ARRASANDO✨
Vem conhecer cada uma delas! 💘
LUCIANA TEIXEIRA, fundadora da cóRa Brand 🥐
Na nossa cabeça, a Lu é a segunda filha perdida da Lorelai Gilmore ☕️ fundadora da cóRa, mineira, nos seus early thirties. Overthinker reconhecida e outfit repeater sempre que possível. Fã de Gilmore Girls, brunches e massa trufada, lado a lado com uma personalidade melancólica que escuta Lana Del Rey on repeat.
POLYANA BENFEITA, fundadora da Niccla 🤍
A Poly é a clean girl do Pinterest da vida real 🤍 Formada em Engenharia de Produção pela UFRJ, ela percebeu que seu sonho era trabalhar com moda e construiu a Niccla que é esse sucesso absoluto com suas peças clássicas, chic e atemporais!
THÁBATA ZALESKI, fundadora da Zaleski ☁️
Thábata é a pura essência de uma it girl!💅 Cofundadora da Zaleski, uma amante da vida e acredito que não temos tempo a perder, por isso o segredo está no equilíbrio entre trabalhar o suficiente para poder ter liberdade e segurança financeira e saber descansar e aproveitar momentos que não voltam mais com quem eu amo.
Agora que estamos todas 🤝apresentadas🤝 vamos às perguntinhas:
Zelia Team: Quando foi que a ideia de começar uma marca primeiro passou na sua cabeça?
Luciana Teixeira: Acho que trabalhar com moda sempre foi um sonho adormecido. Algo que eu pensava quando era criança, mas que parecia distante das possibilidades impostas pela vida real. Nessa, acabei me afastando – e muito! – do meu lado criativo e entrei na faculdade de direito. Foi só depois de formada (e de me ver perdida naquele caminho) que voltei a pensar em como me realizar e em como me expressar por meio do trabalho. Nessa busca, acabei entendendo muito de mim e a verdade é que sempre relacionei minhas memórias mais afetivas às roupas – minhas e de quem estivesse do meu lado – como se fosse um perfume, sabe? Se você me perguntar hoje qual roupa eu estava usando no meu aniversário favorito da infância, eu vou te contar tudo sobre um conjunto estampado com uma bata e um casaco rosa da Lilica Ripilica. Mergulhar nessas memórias trouxe o entendimento de que moda é mesmo conexão e pode ser (se estivermos fazendo nosso trabalho) uma forma de contar histórias. A cóRa nasceu exatamente a partir dessa ideia. Desse desejo.
Polyana Benfeita: Quando eu entrei na Engenharia de Produção, foi naquela de “não sei o que fazer, mas sou boa em matemática, então vou nessa”. Só que, conforme a faculdade foi passando, eu não encontrava nada que eu amasse de verdade. Sempre gostei de pesquisar sobre moda, e em algum momento me passou pela cabeça que, um dia, eu queria ter uma marca minha. Mas, na minha cabeça, esse “um dia” era tipo quando eu tivesse uns 40 anos, sabe? Bem lá na frente. Me formei e comecei a trabalhar com consultoria. Aí veio a pandemia. Fui morar com a minha mãe, e um dia ela comentou que estava pensando em abrir um negócio pra vender t-shirts. Na hora, eu falei: “Se você quer começar, acho que vale a pena fazer direito: pensar em modelos legais, dar um nome pra marca, abrir um site…” Ela topou e, meio que aproveitando o gancho, eu já fui junto!
Thábata Zaleski: Quando eu era criança (tipo uns 10 anos) eu já gostava muito de desenhar roupas e vivia desenhando para minhas amigas no colégio. Eu venho de uma família simples e muito batalhadora, meus pais direcionavam todo orçamento que tinham para minha educação e do meu irmão, com isso não sobrava para comprar roupas, por exemplo. Felizmente, meus avós tinham uma confecção de fundo de quintal e eu sempre podia pedir para minha avó costurar algumas peças para mim. Por necessidade e vivência, desde pequena eu crio minhas próprias roupas. Durante o meu período escolar inteiro era frequente eu receber muitas perguntas sobre onde eu comprei essa ou aquela peça de roupa, sempre comentava com orgulho que minhas roupas eram feitas pela minha avó e idealizadas por mim, era o sonho de qualquer amiga minha poder ter esse tipo de realidade. O espírito de vendedora e empreendedora nata sempre esteve ali, sempre tive uma intuição de que meu caminho era vender a moda que eu criava, porém muito por conta de timidez e insegurança por muito tempo deixei isso de lado. Durante 4 anos da minha vida bati cabeça querendo uma carreira (medicina), na qual hoje eu vejo que eu seria infeliz. A verdade é que tudo que deu certo na minha vida começou com um problema que eu precisava resolver (minha psicóloga até comenta como eu sou quase que treinada para resolver problemas kkkk). Começar uma marca não foi diferente, em meio a pandemia, minha família precisava de suporte financeiro e nós tínhamos uma estrutura de confecção parada cheia de retalhos + habilidade de costura da minha mãe + minha habilidade de venda através de atendimento personalizado. Assim começamos o negócio produzindo scrunchies de cabelo com retalhos e vendendo via direct de Instagram, a coisa evoluiu para roupas e de repente eu me deparei com uma baita oportunidade de trabalho e só então eu percebi: preciso transformar isso em uma marca.

Instagram @zaleskidream | Reprodução
Z: E quando foi aquele momento que você falou "tá, agora vou tirar esse sonho do papel"? Quais foram as primeiras coisas que você fez?
TZ: A marca foi acontecendo a medida que cada necessidade surgia, um passo de cada vez mesmo. Acho que se eu soubesse de tudo que precisava fazer talvez teria hesitado mais em começar hahaha. Eu nunca havia trabalhado (eu até vendia quadros no Instagram, mas era muito mais por hobby, porque não tinha nenhum lucro), nem recebido mesada e meus pais também não tinham como investir dinheiro no negócio, mas eles me deram algo muito melhor que foi a habilidade de resiliência em meio as adversidades e também a força produtiva da minha mãe, que até hoje é peça chave na empresa. Começamos vendendo sob demanda, porque assim conseguíamos cobrar o valor da peça do cliente primeiro, usar esse dinheiro para comprar matéria prima, pagar mão de obra e frete e, aí sim, entregar o produto final. Desde sempre a empresa se autofinanciou e isso contribuiu muito para que pudéssemos crescer de forma saudável e com poucas perdas financeiras. A primeira coisa que eu fiz foi testar a demanda real que existia em relação aos produtos que eu queria criar da forma mais simples possível, postei nos stories do meu perfil de venda de quadros alguns scrunchies com preços e observei quão rápido vendia e quais tickets saiam mais. Vendo que os produtos esgotaram muito rapidamente, percebi que valia a pena criar um Instagram para isso e dedicar tempo para fazer fotos e postar lá. A segunda coisa foi colher feedbacks tanto das pessoas que recebiam os produtos quanto colocar caixinhas de perguntas nos stories querendo saber o que mais o meu pequeno público queria. Acho fundamental que, antes de investir em qualquer negócio, mesmo que seja apenas o seu tempo, você verifique se existe demanda e como você pode de fato suprir isso da melhor forma, não adianta nada querer vender algo que só você quer ou precisa.
PB: Comigo, fui tirando o sonho do papel aos poucos. Eu e minha mãe começamos a pensar em modelos que a gente gostava, pesquisar fornecedores… O primeiro produto que desenvolvemos foi um short de alfaiataria (a primeira versão do best-seller short Pigalle). Na época, a gente não tinha uma costureira muito boa, mas era o que dava pra fazer! Com o piloto pronto, começamos a olhar outras coisas em paralelo, como nome, branding, Instagram, site… essas coisas. Naquela época, eu ainda trabalhava em outro lugar, então minha ideia era ir tocando a marca devagar. Se desse certo, no futuro eu poderia me dedicar só a isso. Se não desse, eu continuaria no meu emprego. Trabalhei uns dois anos conciliando as duas coisas, e foi depois desse tempo, com o modelo já testado, que percebi que, se eu me dedicasse integralmente à empresa, ela poderia escalar. Minha demissão foi um processo difícil. Eu estava com muito medo porque não sou do tipo que gosta de assumir muitos riscos. Mas decidi arriscar, e acho que foi aí que a marca começou a dar muito mais certo – quando passei a me dedicar 100%. O momento de virada foi justamente essa decisão: continuar na consultoria ou mergulhar de cabeça na empresa. Hoje, eu e minha mãe somos sócias, e essa é nossa ocupação principal!
LT: Depois de muito refletir e encarar que a rotina da advocacia não me fazia feliz – e de entender que não era só questão de mudar de área – tive certeza de que precisava mudar de rota e colocar esse sonho em prática. Em um almoço com uma amiga que também passava por uma transição de carreira, a logo da cóRa (com todos os seus símbolos e significados) me veio à mente e dali em diante eu comecei a elaborar os primeiros passos. Uma lista prática de onde ir – mesmo que hoje eu saiba que os caminhos dessa lista ainda eram bem tortuosos (hahahahaha). Depois da ideia mais concreta na minha mente, entrei em contato com todo mundo que eu podia (e, naquela época, eu não conhecia quase ninguém da área, já que esse era um reino tão tão distante do meu rs) pra perguntar sobre fornecedores, sobre como começar, e fui estudando por meio de cursos avulsos sobre como gerir uma marca de moda. Aos poucos, a cóRa saiu do papel e eu confesso que grande parte do que hoje eu sei aprendi no caminho, entre erros e alguns acertos. E sei que ainda há muito pela frente – ainda bem!
Z: Thá, é impossível pensar na Zaleski sem pensar na comunidade incrível que vocês criaram! Inclusive, você está aqui hoje porque nossa equipe super acompanha o daily! Qual a sua dica para marcas que queiram formar comunidades com suas consumidoras?

Instagram: @_thabatatinha_ | Reprodução
TZ: Ser uma empresa que não têm um líder carismático tem seu lado positivo, pois o negócio se torna mais independente e seguro de possíveis polêmicas envolvendo essa líder, mas, ao meu ver, torna o desafio da criação de comunidade bem maior. Dentro do caso da Zaleski, fazer com que as nossas “dreamers” tivessem real interesse pela marca e seus processos internos foi algo construído com o tempo. Depois de 4 anos de marca, fazem poucos meses que conseguimos começar a fortalecer essa comunidade. Hoje nós nos utilizamos de 2 canais principais para isso, que são o grupo do WhatsApp e também o daily da marca. Fizemos um estudo profundo da nossa identidade no ano de 2023 com uma empresa de design estratégico incrível, a Artefato, no qual conseguimos mapear nossas maiores forças e valores, entre eles está essa questão de sempre escutarmos muito nossas clientes e seguidoras e buscar criar produtos e conteúdos baseado no que elas queriam, no que elas sonhavam e foi daí que começamos a desenvolver nossa comunicação própria e identidade baseada no mundo dos sonhos, por isso, hoje chamamos nossas clientes e seguidoras de dreamers, por isso nosso @ virou zaleskidream e, também por isso, temos tantas alusões a sonhos como o próprio tom azul do céu e as nuvens presentes em muitos posts. Além disso, começamos a investir mais em conteúdos diferentes que surpreendessem e encantassem quem nos acompanha. Tudo isso contribuiu para que não mais as pessoas só estivessem interessadas em nossos produtos, mas também em nossa marca como um todo, conseguimos gerar identificação. Melhoramos nossa experiência de compra (com integrações de troca e cashback), unboxing (com papelaria personalizada de alta qualidade) e atendimento (com 4 pessoas focadas em dar um atendimento bastante personalizado e humanizado) aumentando a fidelização das dreamers e começando a criar uma base de reais fãs v!ciad@s em comprar Zaleski. Só depois de fortalecermos esses pilares que, aí sim, começamos a postar bastidores em nosso daily, pois agora tínhamos despertado real curiosidade sobre quem estava por trás daquele trabalho tão bacana, como ele acontecia, como saber mais sobre o que está por vir e assim por diante. No WhatsApp temos um grupo aberto onde conseguimos coletar informações sobre desejos e feedbacks e, principalmente, é um canal onde as nossas dreamers são protagonistas, elas que puxam conversas, tiram dúvidas, mandam fotos vestindo as peças, é uma troca orgânica e tranquila, sem muito apelo comercial, pois o foco é realmente criar conexão. Minha dica para quem quer construir comunidade em seu negócio é buscar ser o mais autêntica possível, olhar para si e para suas qualidades e facilidades e trabalhar com aquilo que vem de forma natural para você, aí se encontra o seu diferencial e, assim, será muito mais fácil conseguir manter a constância e fortalecer identidade e comunidade através da repetição.
Z: Na sua opinião, qual foi aquela conquista que te fez brilhar os olhos e ficar emocionada com a sua jornada?
PB: Acho que empreender é uma coisa que tem altos e baixos. Hoje, por exemplo, já passou pela minha cabeça largar tudo e ir morar no campo, hahaha! Brincadeiras à parte, acho que são vários momentos de alto que, no final, vão construindo essa sensação de realização. Um desses momentos aconteceu recentemente, quando reunimos 10 clientes para uma sessão de fotos. Foi a primeira vez que conheci, pessoalmente, pessoas que já conheciam a marca antes de me conhecerem e que são clientes fiéis. Foi muito especial ver essas pessoas chegando no shooting com looks da Niccla por livre e espontânea vontade. Foi incrível perceber que estamos construindo uma comunidade – gente que gosta tanto da marca que topa participar de um shooting sem esperar nada em troca. Foi um daqueles momentos que realmente marcaram!

Instagram @niccla.br | Reprodução
LT: Sempre que temos o privilégio de encontrar nossas clientes em eventos presenciais é diferente. Vê-las vestidas com as roupas que pensei meses (até anos) antes é mágico. Fico especialmente emocionada com a coleção DNA Antique, que homenageia as estampas favoritas da minha avó e que, infelizmente, ela não chegou a ver pronta. É uma coleção especial. Lado a lado, nosso último evento de lançamento foi idealizado por mim há muito tempo. Um cinema ao ar livre – e finalmente conseguimos realiza-lo! Sabe aquela sensação de “conseguimos”? É isso: as peças, a energia de todas as mulheres envolvidas e a sensação de transmitir a essência daquilo que acreditamos.
TZ: Minha primeira conquista foi poder ver o brilho no olho do meu avô antes de fal&cer sabendo que tudo que ele construiu durante a vida não tinha sido em vão, que alguém iria continuar esse negócio da família. E, outra conquista de igual relevância, foi poder ver meus pais matriculando meu irmão em uma faculdade particular de medicina, isso era uma realidade impensável, que parecia inatingível há 5 anos atrás, hoje, não só eu e meu noivo conseguimos ter uma condição financeira muito confortável graças a Zaleski, mas também meus pais, que agora têm condições de bancar uma das melhores faculdades do país para o meu irmão.
Z: Poly, com o foco em peças clássicas vem também uma grande responsabilidade que é garantir o corte, caimento e tecidos perfeitos! Quais são os seus principais critérios na hora de pilotar as peças e aprovar pilotos? Qual dica você dá pra quem quer melhorar nisso?
PB: Os nossos fornecedores od&i@m a gente porque vivemos pedindo para mexer na modelagem, hahaha! A gente sempre encontra algo para melhorar e faz várias exigências. Muitos até dizem que ninguém nunca pediu para fazer essas alterações antes, mas eu acredito que é exatamente isso que garante o diferencial do nosso produto final. Uma dica que dou é pesquisar bastante sobre os acabamentos que você gosta. Por exemplo, quando eu morava em Nova York, passava dias entrando em lojas e olhando como era dentro das roupas, prestando atenção nos detalhes. E aí quando você recebe o piloto, tem que ser crítica! Muita gente veste rápido, acha que está bom e pronto, mas isso faz toda a diferença. Outra coisa importante é usar bastante as peças. Tem modelos que eu uso por um ano e só depois percebo algo que ainda dá para melhorar – e aí faço ajustes. Temos vários modelos e buscamos sempre aprimorá-los a cada lançamento. No fim, é esse cuidado que deixa o produto ainda melhor!

Instagram @niccla.br | Reprodução
Z: E o maior desafio até hoje? Você teria feito alguma coisa de forma diferente?
TZ: Nosso maior desafio dentro da Zaleski hoje é reduzir nosso prazo de entrega, como nossa empresa tem produção sob demanda e a demanda é crescente, o tempo em que conseguimos recrutar pessoas para aumentar a equipe é maior do que a necessidade real. Acredito que o mercado como um todo está passando por um período difícil em questão de recrutamento para cargos mais operacionais. Eu poderia dizer que eu teria começado o negócio antes, provavelmente isso teria poupado eu e minha família de muitas dificuldades e, além disso, eu teria conseguido aproveitar melhor o boom das redes sociais, entrei em um momento um pouco tardio, onde conseguir seguidores e fechar vendas através de influenciadores já não estava mais tão favorável quanto tinha sido alguns meses antes. Entretanto, acredito que as coisas aconteceram exatamente como tinham que ser, creio muito em Deus e sei que os planos Dele são maiores, passar por muitas coisas que eu passei me ensinou muito sobre a vida e me ajudou a lidar com problemas posteriores de forma mais tranquila e controlada.
LT: O maior desafio é sempre o próximo. Acho que a parte de produção das coleções sempre nos surpreende com imprevistos que não conseguimos prever... é o acabamento que imaginamos que não saiu como planejado, o tecido que pedimos e o rendimento foi maior do que o planejado... O céu é o limite! Na primeira coleção, fomos “engan@das” por um fornecedor para comprar uma quantidade exorbitante de tecido para uma marca pequena. Produzimos muito mais do que a nossa capacidade permitia e isso transformou nosso caixa em uma loucura. Nos desdobramos para contornar o erro e recapitalizar para produzir a segunda coleção – nem acredito que deu certo! A verdade é que, a cada coleção, surge um desafio (e um aprendizado!) novo. No último lançamento, criamos uma saia com aplicações de nuvens que deixou todo mundo doido! Até conseguirmos executar, foi uma maratona de nuvens recortadas... eu acordava e dormia pensando nelas. Ufa! Passou! Faria muita coisa diferente, confesso. Mas também entendo que só consigo pensar assim porque vivi o que precisava ser vivido. Olho pra trás com a certeza de que, ao menos, venho aprendendo.

Instagram @lucianatc | Reprodução
PB: O maior desafio, pra gente, é a produção. Nós produzimos nossas próprias peças – não é como chegar em uma fábrica e pedir tudo pronto. Participar de cada etapa do processo produtivo dá muito trabalho, e lidar com os prazos dos fornecedores é uma loucura… especialmente no fim de ano! Se eu pudesse fazer algo de forma diferente, acho que teria contratado mais gente, e mais rápido. Eu tenho certa dificuldade em delegar e construir um time, mas hoje vejo que estamos com uma empresa relativamente grande e um time pequeno – e isso acaba sobrecarregando todo mundo. Se eu tivesse tido uma visão mais aberta sobre contratar e trazer pessoas pra ajudar, acredito que o processo teria sido um pouco mais leve.
Z: Lu, as campanhas da cóRa são MEGA criativas e cheias de conceito. Como foi o processo de autoconhecimento até encontrar a voz da cóRa como marca e qual seu conselho pra criar um branding sólido que vai encantar seu público e servir de fonte para tantas ideias divas?
LT: Fiquei emocionada com essa pergunta. Me envolvo em cada micro processo e em cada história que contamos na cóRa, mas no fim das contas a história por trás é sempre a mesma, a base de tudo: acreditamos em roupas versáteis e crio grande parte delas inspirada em décadas passadas (e nas mulheres que me fizeram ser quem eu sou). Acho que se base for sólida, se tivermos um ponto de partida, tudo acaba entrando no eixo. Mas é preciso aceitar que a marca é um organismo vivo – assim como nós. A cóRa que nasceu há cinco anos não é a mesma de hoje. A nossa base se manteve, mas fomos, pouco a pouco e durante o processo, construindo essa identidade que hoje é nossa. Tenha uma ideia clara, mas permita-se novas descobertas ao longo do caminho. A cóRa é maior do que eu e, por mais que eu ame o que criamos lá dentro e que a personalidade da marca reflita muito da minha, ela é também uma soma das nossas clientes, das nossas parceiras e de um universo que virou próprio. E isso só pode ser construído no dia a dia, com o tempo. O branding da primeira apresentação de marca e todo o conceito dos slides só ganha vida se permitimos à marca fazer o essencial: viver. Nas criações, nas campanhas, no contato com clientes e por aí vai. Falar em branding e em papelaria que coordena com o feed é muito pouco, né? Temos que ir além.

Instagram @corabrand_ | Reprodução
Z: Para finalizar, qual dica que você daria para alguém que tem esse sonho de começar uma marca?
PB: A primeira dica é: comece! Se tem algo que você quer fazer, coloca a mão na massa. Mas faça isso com responsabilidade. Eu não diria pra largar tudo de uma vez. Sou bem pé no chão, então acredito em começar com o básico: faça o mínimo necessário para que tudo fique bonitinho, com a sua cara, mas sem loucuras. Você não precisa contratar um fotógrafo caríssimo para colocar fotos no site, por exemplo, se ainda não tem budget pra isso. Dá pra começar tirando fotos em casa mesmo! Nesse início, é super importante escolher bem onde você vai gastar seu dinheiro e seu esforço. Escolha suas batalhas e não se cobre demais se uma coisa ou outra ainda não estiver perfeita. As condições pra começar nunca são ideais. É muito sobre saber navegar isso de forma criativa e leve, sem deixar a pressão te paralisar.
TZ: Eu diria para se aprofundar fortemente em si mesma, descobrir quais são suas próprias fortalezas e fraquezas e aprender a lidar bem com isso, incrivelmente encontrei isso através do yoga, corridas e terapia, mas você deve encontrar o que funcione para você. Começar o quanto antes. Não tem como se planejar para tudo, especialmente em se tratando de uma realidade tão fluída, onde necessidades e desejos mudam o tempo inteiro e sua empresa precisa aprender a acompanhar essas mudanças. Sempre que a Zaleski tem saltos de crescimento precisamos olhar para dentro da operação novamente e reestruturar tudo de novo, isso é uma batalha constante de todo empreendedor, porque diferentes tamanhos de empresas requerem diferentes tipos de operação e isso você só irá aprender na prática.
LT: Comece da forma que for possível, mas evitando – ao máximo – amadorismos e profissionalize a empresa em todas as etapas, dentro do que for viável na sua realidade. Precisamos entender que não temos as possibilidades enormes de uma marca já consolidada, mas isso não significa tratar os processos da empresa com descaso. Uma empresa precisa ser tratada como tal, mesmo que ela ainda seja uma estante pequena nos fundos da sua casa – isso vai facilitar (e muito!) os caminhos adiante. Comece do jeito que der, mas sonhe grande!!!!!
Toc, Toc! Tem alguém aí? 🚪 👀

Hello, Ju!!✨ Conta pra gente, quais são as 3 coisas que estão alugando um TRIPLEX na sua cabeça nos últimos tempos?
Oi, gente!! Sou Julia Schwarz, tenho 29 anos, capricorniana com puxadinhos de um aquário & sou designer de moda no diploma, mas gerente de mídias & influencer no momento atual. eu sou uma ávida leitora e gosto de me declarar uma corredora também! porém, minha primeira paixão ainda é a moda e formas de expressão & comunicação. Por isso me identifico tanto com esse novo momento de poder ser influencer e poder gerar um impacto através do lifestyle <3 AMO viajar mas também AMO minha casa, meu cantinho… e amo a Cora, uma cachorra maluca que coloquei pra dentro de casa 🐶 💓


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