Seu sinal pra começar a consumir ARTE

um bate-papo com a curadora Isadora Bahia com dicas pra quem quer aprofundar conhecimento sobre o assunto! 🖼️

Quando foi a última vez que você visitou uma exposição? E mais importante: como você se sentiu lá dentro? A arte tem esse poder curioso de gerar uma sensação que não conseguimos definir mas que nos toca. Às vezes é um leve desconforto, outras um encantamento imediato… Definitivamente não saímos os mesmos depois de um contato direto e íntimo com o mundo da arte.

Se você é do time que aprecia mas acha que "não entende suficiente", fique sabendo que isso já é metade do caminho! A arte não pede domínio técnico, pede presença. E posso te contar um segredinho? Começar a se aproximar desse universo é mais simples do que parece.

É desse lugar de interesse e curiosidade que nasce a conversa que dividimos hoje! Falamos com Isadora Bahia, idealizadora do Espaço mARTE e curadora da exposição "Aquilo que escapa", sobre como começar a olhar para a arte, sobre o prazer de conviver com obras e sobre o que realmente importa quando nos aproximamos desse mundo.

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Zelia Team: Como você indica que alguém que se interessa por arte mas não entende muito dê o pontapé inicial para começar a entender mais?

Isadora Bahia: Começar a entender de arte é, antes de tudo, aprender a olhar. A arte não exige conhecimento técnico, exige disponibilidade. A curiosidade é o primeiro passo; o entendimento vem depois, naturalmente, pelo convívio. É importante visitar exposições, observar com calma, conversar com artistas e deixar o olhar amadurecer com o tempo. Esses dias eu ouvi uma analogia muito boa de um artista: ele comparou a arte à música. “Você entende tudo sobre música? Claro que não. Mas mesmo assim, sabe exatamente o que gosta de escutar.” Com a arte é a mesma coisa. Não é preciso dominar a teoria para sentir prazer ou identificação. O olhar se educa aos poucos, e o gosto também. O importante é confiar no que te toca de verdade, e a partir disso, ir assumindo seus gostos sem medo, refinando-os com o tempo, pelo caminho.

ZT: Como começou seu relacionamento com a arte?

IB: Desde criança eu tenho uma intimidade muito forte com a arte. Meu pai é artista plástico, então ela sempre esteve muito presente na minha vida e eu sempre alimentei essa minha curiosidade ali. Tenho muitas memórias, ainda criança, em meio a tintas, ateliês, galerias, exposições, museus… E meu relacionamento com a arte nasceu disso, do cotidiano, de dentro de casa, e cresceu como uma maneira de pensar, sentir e criar vínculos com as coisas. Começou com o encantamento por formas, cores, matérias e com o tempo se tornou linguagem, como modo de entender o que me cerca.

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ZT: O que você acha que é mais importante ao desenvolver um relacionamento com a arte? O que as pessoas devem procurar?

IB: O mais importante é desenvolver um olhar próprio. A arte é menos sobre o que ela representa e mais sobre o que ela provoca em quem vê. É importante não buscar “entender” a obra, mas perceber o que ela desperta: desconforto, encanto, lembrança, silêncio. Desenvolver um relacionamento com a arte é também compreender que ela é uma forma de continuidade. Há algo de imortal no gesto de se vincular a uma obra, como se colecionar fosse um modo de prolongar a vida. A arte é infinita; nós, não. Como na formação de uma coleção, um relacionamento com a arte se constrói no tempo, pela convivência. Procure artistas cuja trajetória faça sentido para você, que tenham coerência e verdade no trabalho. A consistência de um artista é o que sustenta o valor simbólico de sua obra. E o valor simbólico, antes do financeiro, é o que realmente importa

ZT: Quais são dicas para quem quiser aprofundar conhecimentos para além das descrições de quadros e esculturas que geralmente vemos em museus?

IB: Aprofundar-se em arte é um exercício de atravessamento. Ler textos críticos ajuda, claro, mas o essencial é observar a arte em relação ao tempo, à política, ao território e à vida. Buscar compreender o contexto em que as obras foram criadas, o pensamento dos artistas, as transformações da matéria. Misture as referências: filosofia, literatura, antropologia, natureza. A arte vive desse cruzamento de campos. E mais importante: viva com arte. Conviva com uma obra, olhe para ela todos os dias. Esse contato cotidiano muda completamente a forma de compreender o que é arte.

ZT: O que mais te encanta na arte?

IB: O que mais me encanta é o fato de a arte nunca se esgotar. Mesmo diante da mesma obra, a cada encontro somos outros. A arte tem esse poder de nos fazer “ver” além do visível, de abrir espaço para o que não cabe nas palavras e de nos conectar com memórias e histórias, nossas e dos outros. E há algo de imortalidade nisso: enquanto tudo em nós é passageiro, a arte continua. Ela guarda fragmentos de vidas, gestos e pensamentos que persistem. É uma forma de continuidade, talvez a mais bela, porque amplia a existência humana e nos liga a algo que não se apaga.

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ZT: Qual conselho você daria para quem pensa em investir em sua primeira obra de arte?

IB: Decida com os olhos, não com os ouvidos. Escolha o que te toca, o que te provoca, o que você gostaria de ter por perto. Claro, ajudas e direcionamentos são bem-vindos, mas a intuição e o encantamento pessoal devem vir antes das tendências ou opiniões alheias. A arte é uma relação íntima, não um modismo. Evite pensar apenas no investimento financeiro. Pense no convite à convivência. A arte deve caber na sua vida, não apenas na parede. Dê importância à trajetória do artista e à coerência do seu percurso. Sucesso passageiro é diferente de consistência artística. Valorize quem constrói um caminho sólido e de verdade. 

E lembre-se: uma coleção, mesmo que comece com uma única obra, é um autorretrato sensível de quem a forma. Ela conta uma história: a sua. E, de certo modo, continua contando mesmo depois de você. A arte tem esse poder raro de permanecer, de atravessar o tempo. Por isso, investir em uma obra é também um gesto de continuidade e imortalidade: uma forma de prolongar o olhar, a presença e o instante que te fez escolher aquela peça.

Isadora Bahia

Toc, Toc! Tem alguém ai? 🚪👀 

Hello, Iza!💘 Conta pra gente, quais são as 3 coisas que estão alugando um TRIPLEX na sua cabeça nos últimos tempos?

Os seus highlights preferidos do mundinho fashion desta semana! ✨ No botão abaixo, você confere todas as notícias. 💖💊

RENNER X ATELIÊ MÃO DE MÃE

Da SPFW para o seu guarda-roupa! A Renner uniu forças com o Ateliê Mão de Mãe, marca artesanal baiana, para lançar uma coleção que celebra a brasilidade, o trabalho manual e a ancestralidade com peças de tricô, palha, linhos, cores inspiradas na natureza e detalhes que trazem o mar e a herança cultural como tema. A collab enfatiza o valor da moda como expressão de memória, pertencimento e continuidade, homenageando mulheres que moldaram o saber-fazer artesanal. As peças, que são edição limitada, já estão disponíveis no site, aplicativo e em lojas físicas selecionadas.

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ANTONIN TRON ASSUME DIREÇÃO CRIATIVA DA BALMAIN

Antonin Tron foi nomeado novo diretor criativo da Balmain, substituindo Olivier Rousteing, que esteve no cargo por 14 anos. Tron é fundador da marca Atlein, reconhecida por seus drapeados minimalistas, e tem experiência em maisons como Louis Vuitton, Givenchy, Balenciaga e Saint Laurent. Ele apresentará sua primeira coleção para a Balmain na Semana de Moda de Paris, em março de 2026.

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Ajudando uma Zelier 💘

Oie pessoal do Zélia!

Me chamo Natália, tenho 29 anos e vou comemorar meu niver de 30 anos nos Ensaios da Anitta, em Campinas, dia 24/01, o evento começa às 15h. Simplesmente a diva vem na minha cidade NO DIA DO MEU NIVER, achei um sinal do universo!

Me ajudam com um look? Conforto é primordial! Quero aproveitar muitoooo! a única coisa que tenho em casa é um diamond cropped, mas fiquem à vontade para trazer as inspirações que vocês acharem legais! Obrigada 💖 

Hello, Nat! Desafio dado, é desafio cumprido! Deixa com a gente 💗

Já que você gosta dessas peças com brilho - a gente também ama - pensamos em incrementar e ousar no look com um vestido na mesma vibe de carnaval! O brilho vai ser seu maior aliado nesses Ensaios com tema de astrologia 🔮 E como num bom bloquinho: aposta em um delineado gráfico beeem potente (a gente ama os delineadores da QDB) ou, se você for do time das que amam uma make mais artística, você pode usar strass e cola de cílios para desenhar o símbolo do seu signo - a gente já testou essa make no carnaval e ela fica >um luxo<. Nos pés, bora garantir conforto para dançar bastante com a Kenner da própria Anitta 💅✨ Esperamos que você tenha um ótimo show e feliz aniversário adiantado!

🛍️ Links para compra:

Tá precisando de ajuda com um look/ocasião?#Meajudazelia

É só mandar um e-mail para [email protected] com seu nome, idade, data e hora (se aplicável) e a ocasião que você precisa de um look que a gente te ajuda com o resto!

Até semana que vem! 💚

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