SPFW 59 | Destaques do Terceiro Dia

Para muitos pode parecer apenas o terceiro dia da SPFW, mas para o nosso dream team foi o primeiro dia oficial que nosso time estava em campo! SIM, se você não sabia, a sua newsletter e blog favoritos foi oficialmente credenciada como imprensa oficial da SPFW N59!! CHIQUÉRRIMAS, não sabemos fingir costume!!!! 💁‍♀️ 

⭐️ Normando

A Normando voltou ao SPFW com “Chove nos Campos de Cachoeira”, coleção inspirada no conto de Dalcídio Jurandir, o romancista da Amazônia. O Pará estava em tudo: nos estilistas Marco Normando e Emidio Contente, no casting com Carol Ribeiro e Dira Paes, e até na plateia com Gaby Amarantos. Os materiais amazônicos: juta, palha de buriti e látex de seringueira marcaram presença, como no look de Thai de Melo Bufrem, que combina body off-white de látex com saia de palha em camadas.

Campos verdes estampam vestidos e forros antes de ceder espaço ao marrom queimado, numa transição que espelha o conto. A lingerie aparece reinterpretada, e a alfaiataria masculina ganha novas formas com sobreposições e saias plissadas.

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⭐️ Leandro Castro

Leandro Castro fez sua estreia na edição N59 do SPFW com “Linha”, coleção construída inteiramente a partir de resíduos têxteis. Tecidos técnicos, feltros de carpete, uniformes de luta — tudo reaproveitado com precisão para criar formas que equilibram o orgânico e o arquitetônico.

Com influências da estética japonesa e dos conceitos abstratos de Kandinsky, Leandro costura silhuetas horizontalizadas, sobreposições e volumes que flertam com a escultura. Os “traços” aparecem em plissados, listras finas, rabiscos estampados e até em paetês de madeira. Uma estreia que marca pelo olhar autoral e pela potência de transformar descarte em desejo.

Destaque especial para a beleza das modelos, que estavam com uma make bem dramática com foco nos lábios esfumados em preto. Babado!!!!!

⭐️ Lino Villaventura

Lino levou a plateia por uma verdadeira jornada no seu desfile: começamos com uma sequência inicial de looks brancos com blusas estruturadas com recortes sinuosos, e aos poucos, a cor vai entrando em cena trazendo também um trabalho incrível em bordados e texturas.

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O náilon, assinatura dos anos 1990 do estilista, reaparece em capas matelassadas, saias e vestidos de brilho sintético e acetinado. Mas logo divide espaço com texturas mais orgânicas: tem saia nervurada de palha de buriti dourada, bordados de folhas e flores e até um vestido feito com sobras de couro de cobra!

Na beleza o destaque vai para o efeito “aura makeup” belíssimo de blush e iluminador, que foram obtidos com os produtinhos da linha da Hello Kitty da Bruna Tavares e sobrancelhas com o efeito puffy. Nas unhas, um mix dos esmaltes “colar de pérolas” e “vanila glaze” da Dailus.

⭐️ Dario Mittmann

Dario Mittmann levou pra passarela uma reflexão distópica sobre inteligência artificial x moda. Em “Golem”, sua nova coleção, a ideia era trazer um questionamento sobre quais são os limites do ser humano que podem ser transgredidos pela tecnologia. Para isso, Mittmann aposta numa estética que cruza streetwear, futurismo e nightcore, executada através da união de técnicas artesanais como crochê e bordado com técnicas mais modernas, como a impressão 3D.

Teve Pocah desfilando, jeans com patchwork e ilhoses fetichistas, jaquetas com vibe esporte-distópica, calças tão amplas que quase engolem os tênis. A matéria também virou mensagem: o humano apareceu como estampa de músculos, colants de látex com textura de carne em decomposição (!), enquanto o lado máquina surgia em acabamentos prateados e estruturados.

O momento final foi de impacto: Deborah Secco, versão mulher-cyborgue, passou encarando a plateia de forma suuuuuper dramática!