Resumão das estreias dos diretores criativos

Quem ficou em qual na maior dança das cadeiras da moda (e o que isso diz sobre o futuro das grandes maisons)

Após uma temporada histórica de acontecimentos nas Semanas de Moda, podemos afirmar: 2025 foi O ANO da dança das cadeiras no mundinho fashion. 🪑

Foram 15 estreias de diretores criativos (sim, quinze!!! 🗣️) que assumiram cargos célebres em grandes marcas, gerando um marco pra carreira de cada um e pra o que conhecíamos das maisons. O resultado? Um mix de sentimentos!

Vale lembrar que cada debut é um experimento público: o designer tenta imprimir sua assinatura criativa sem romper os códigos que sustentam o valor histórico da marca. Ah e essas trocas não afetam só quem trabalha nos bastidores, viu? Elas influenciam o jeito como a gente consome e se conecta com a moda. Quando um novo diretor assume, muda o discurso, a estética, o público-alvo e, às vezes, até o desejo! Pra você ficar por dentro de todos os detalhes, preparamos um resumão sobre as estreias dos diretores criativos em 2025

Matthieu Blazy - Chanel

Fonte: Reprodução

Na estreia de Matthieu Blazy, a Chanel revive clássicos de Coco mas com um olhar moderno. Ele mergulhou no espírito de Gabrielle, não só nos códigos visuais, mas na atitude. Trouxe a alfaiataria masculina inspirada em boy capel, o preto e branco como contraste de força e leveza, e o tweed vivido, que parece ter história pra contar. As camélias surgem soltas, quase desfeitas; as bolsas 2.55 vêm amassadas, como se tivessem atravessado décadas com estilo, no lugar do rigor, ele preferiu o movimento, tecidos que respiram, transparências sutis, silhuetas impecáveis. É uma Chanel que lembra a fundadora rebelde, mas fala com o agora: livre, poética e imperfeitamente elegante.

Rachel Scott - Proenza

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Cumprindo a missão de suceder os próprios fundadores da Proenza, podemos dizer que Rachel Scott exerceu o papel com maestria! A designer apresentou a coleção primavera/verão 2026 como um mix entre o legado da Proenza e a assinatura própria de Scott. A sensibilidade artesanal - que já é marca registrada no trabalho dela - foi incorporada em uma dose bastante assertiva, entendo os ‘códigos’ da Proenza sem tentar apagá-los.

Sem dúvidas, Rachel chegou com autenticidade. Além de um excelente trabalho na moda, precisamos pontuar o ponto da forte representatividade que ela representa. Uma mulher negra à frente de uma grande marca, carregando importância simbólica. Isso não se trata só de estética ou política, mas de mercado: os consumidores querem apreciar essas histórias cada vez mais, e Scott já tinha credibilidade antes mesmo de entrar de vez na maison!

Nicholas Aburn - Area

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Depois de rodar por nomes como Tom Ford, Alexander Wang e até Balenciaga, Nicholas Aburn desembarcou na AREA com a promessa de devolver festa à passarela e - na nossa leitura - conseguiu fazer exatamente isso! Sua estreia trouxe o brilho característico da marca mas em uma pegada mais casual, usável, com referências esportivas e perfeita para o streetstyle. O resultado? Uma coleção que faz você querer usar as roupas do trabalho ao happy hour (coisa que, convenhamos, tem sido um marco nas tendências de moda nos últimos tempos)

O público recepcionou a estreia entre aplausos e ressalvas. Teve quem comemorou a atualização vendo que Aburn preservou o glamour teatral da AREA sem se perder em excessos conceituais, tornado peças icônicas da casa em mais versáteis, e por outro lado, aqueles que amam a AREA pelo exagero e surrealismo, acabaram sentindo falta de um “choque maior”. Na nossa visão, Nicholas entendeu que o discurso da marca pode - e deve - manter o tom, mas precisa dialogar com a rua. O designer apresentou uma intenção clara: modernizar sem apagar a assinatura!

Demna - Gucci

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The father, the son and the House of Gucci! O primeiro grande baque que deu origem ao efeito dominó no mundinho dos diretores foi a saída de Sabato De Sarno após dois anos comandando a House of Gucci. O anúncio da maison foi claro: estava encerrada a época do minimalismo na Gucci, que ansiava por uma volta às suas origens.

Na coleção de primavera/verão 2026, Denma assume o cargo de diretor criativo da marca, deixando um legado de quase 10 anos na Balenciaga. As expectativas eram grandes, até porque se tem algo que a Balenciaga entregou ao longo dos últimos anos foram desfiles maximalistas e inovadores - ainda não esquecemos, e provavelmente nunca iremos esquecer, o vestido de 30 minutos.

Impactante, a estreia de Denma já fugiu do convencional apenas pelo seu formato: o designer resolveu trocar o clássico desfile por um lookbook com 37 retratos de Catherine Opie e uma exibição do filme The Tiger, estrelado por nomes como Demi Moore, Keke Palmer e Elliot Page. No ensaio, figuras icônicas, como Alex Consani, encarnaram La Famiglia, personagens que representavam diversas épocas da Gucci numa espécie de baralho de tarot emblemático. A nova era da Gucci deixa todos os fãs da maison com aquele frio na barriga: é ousada, carregada da ironia do próprio Denma e faria qualquer membro da família Gucci ter um ataque. Em resumo, era justamente o que a grife mais precisava.

Louise Trotter - Bottega

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Desde o anúncio de Louise Trotter à frente da Bottega Veneta, substituindo Matthieu Blazy, a expectativa era ENORME! Não só pelo prestígio da casa, mas porque Trotter chegava com uma ficha técnica incrível. A sua estreia oficial foi com a coleção primavera?verão 2026, em Milão. O desfile trouxe em média 76 looks para homens e mulheres, mostrando que a designer que dialogar com todo o público da marca.

Um dos destaques foi a forma que foi usado o Intrecciato, um traçado de couro célebre da Bottega, presente em detalhes das peças e até reinterpretado em diferentes tecidos. Trotter usou um elemento de identidade da marca de forma natural e saudosa, honrando o legado da Bottega através do seu olhar. Talvez uma apresentação “segura” demais para um momento de mudança abrupta? Ou essa transição sutil é a porta de entrada pras coisas grandes que ainda virão?

Por aqui, achamos um debut forte e promissor. Será interessante acompanhar os próximos passos e experimentações.

Dario Vitalle - Versace

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Pensa na responsa: ser o primeiro diretor criativo que não carrega o sobrenome Versace a comandar a estética oficial da maison. Um marco! Sua estreia veio através da coleção primavera/verão 2025, num evento intimista mas de grande impacto, com uma apresentação carregada de simbolismo, peças de arquivo e uma ambientação que convidava a gente a fazer parte do universo Versace por um momento!

Pra sua estreia, Vitale mergulhou de cabeça no legado de Gianni Versace, indo atrás de cenas de arquivo, objetos pessoais do fundador, trazendo a atmosfera dos anos 80/90. A sensualidade - marca registrada da Versace - está lá, mas com nuances. Uma mistura de nostalgia e frescos que parece dialogar na medida cerca com quem ama e celebra a marca.

Simone Bellott - Jil Sander

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Simone Bellotti chegou à Jil Sander com serenidade! Não seria diferente depois de uma grande trajetória. Depois de 16 anos na Gucci, ele assumiu uma das casas mais silenciosamente poderosas da moda e entregou uma estreia que parece um respiro!

A coleção traz toda identidade da marca: alfaiataria precisa, tecidos que parecem moldados ao corpo e um minimalismo convidativo. Simone não precisou modernizar aquilo que nunca envelheceu. Pra gente, ele conseguiu um feito raro: dar emoção ao essencial.

Jonathan Anderson - Dior

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Depois de mais de uma década transformando a Loewe em uma das marcas mais criativas (e cobiçadas!!!) da moda contemporânea, a chegada de Jonathan Anderson à Dior veio cercada de expectativa.

O desfile de estreia, apresentado na sexta-feira, talvez não tenha sido seu melhor trabalho. Anderson ainda parece estar encontrando o tom entre a tradição da Dior e sua própria linguagem, mais irônica e experimental. Mas há sinais promissores: ele conseguiu trazer uma certa interessância para os acessórios, que agora estao com mais personalidade e definitivamente diferentes do que estamos acostumadas a ver.

Mas, em nossa humilde opinião, o que foi realmente marcante do desfile foi ver Jonathan Anderson visivelmente emocionado, chorando ao ver a coleção. Isso faz a gente lembrar que são pessoas reais por trás disso tudo. Apesar de não termos amado o desfile, por aqui acreditamos que ele vai se superar a cada coleção!

Pierpaolo Piciolli - Balenciaga

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Um dos mais aguardadossss pelos amantes da moda! Pierpaolo aceitou o salto gigante de sair do reino romântico da Valentino para chefiar a casa que se tornou sinônimo de irreverência. O designer tinha uma missão óbvia: respeitar o legado de Cristóbal Balenciaga sem apagar a herança que Demna imprimiu na última década. Uau!!!

Como missão dada é missão cumprida, Piccioli fez o que sabe fazer de melhor: costura, volume, couture e intensidade, reverenciado o início, mas também sinais dos tempos recentes da marca, através de cortes amplos e referências urbanas.

Do lado de cá, acreditamos que foi entregue autenticidade, uma coerência válida para os caminhos da marca que pode reconquistar o desejo. Foi inteligente ao pegar os ícones da casa e reinterpretá-los com sutileza. Mas se a meta for marcar uma nova era autoral e inesquecível, talvez falte um gesto mais radical. Nossa aposta é que ele pode estar jogando a médio prazo, redefinido a rota da marca para depois inserir choques criativos. O tempo dirá!

Duran Lantink - Jean Paul Gaultier

Fonte: Reprodução

Entrando pra listinha de momentos aguardados que conseguiram superar as expectativas! Duran Lantink assumiu oficialmente como diretor criativo da Jean Paul Gaultier no início de 2025, se tornado o segundo nome fixo à frente da marca depois do próprio Gaultier, trazendo sua primeira coleção prêt-à-porter com muito significado.

Uma coleção viva, com humor, com risco, ousadia, sem medo. Através dela, Lantink fala de espaços e liberdade, não só no estilo visual, mas de expressão. Essa estreia pode ser considerada uma poderosa virada de página!

Jack McCollough e Lazaro Hernandez - Loewe

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Deixando um verdadeiro legado por meio da Proenza Schouler, os fundadores da marca Jack McCollough e Lazaro Hernandez assumiram a posição de diretores criativo da Loewe, que antes era ocupada por Jonathan Anderson. Desde 2002, a dupla vinha construindo uma identidade dentro do sportswear e de uma alfaiataria desconstruída e empoderada.

Há 6 meses, eles já estavam na cidade luz trabalhando na sua coleção de estreia, que desfilou na última PFW! O pilar dessa nova era da Loewe é a identidade hispânica, que mostra que Jack e Lazaro fizeram a lição de casa e conheceram a fundo as origens da maison. Na coleção de 2026, um ode à originalidade, à artesanalidade e às ruas de Madrid. Com cores super vibrantes, o desfile de primavera/verão trouxe peças cool, com um toque esportivo e street importados da Proenza Schouler. Super ousada, ela transmite o novo caminho da marca - que abraça suas raízes de Madrid e as transporta diretamente para Paris - nos fazendo ficar ansiosas para os próximos passos da Loewe!

Michael Rider - Celine

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Rider, que já havia trabalhado na Celine sob a direção de Phoebe Philo, trouxe à tona elementos que remetem à história da marca, ao mesmo tempo que infundiu sua própria estética. Tanto é que, na mídia, aplaudem a forma com que ele misturou o minimalismo memorável de Philo, a estrutura de Slimane, ao seu próprio olhar.

Glenn Martens - Maison Margiela

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Quando o novo encontra o clássico! A estreia de Glenn Martens na Margiela marca o ínicio de uma nova era pra maison belga. Martens, já conhecido por sua abordagem criativa e técnica, trouxe à tona elementos que remetem a história da marca, infundindo ao mesmo tempo sua própria estética.

Vimos sem dúvidas um retorno às raízes da marca, com uma abordagem moderna e acessível, equilibrando tradição e inovação. Sem falar na atenção aos detalhes e a escolha cuidadosa dos materiais refletem um compromisso com a qualidade e longevidade, aspectos que são muito valorizados quando pensamos em marcas que carregam muita história.

Miguel Castro - Mugler

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Estilista português que reúne no currículo passagens por Dior, Saint Laurent e Lanvin, assumiu a direção criativa da Mugler no comecinho de 2025. Sua estreia aconteceu na Semana de Moda de Paris, mais precisamente em um estacionamento subterrâneo, proporcionado uma atmosfera única!

A coleção foi uma celebração da sensualidade e feminilidade. O designer explorou silhuetas dramáticas, com ombros marcados e cinturas acentuadas. Definitivamente um espetáculo visual! Podemos ver a estreia de Miguel Castro como um marco na evolução da marca. Sua abordagem ousada e criativa traz uma nova energia à maison, mantendo-se fiel à sua essência.

Mark Thomas - Carven

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Thomas assumiu a direção criativa da Carven após a saída de Louise Trotter com destino a Bottega. Pra essa estreia, ele trouxe uma visão refinada e contemporânea para a maison francesa. Sua coleção explorou a sensualidade através de peças estruturadas e leves, com uma paleta de cores suave que foi como a cereja do bolo. Uma estreia confiante e evolutiva que faz a gente querer ver mais.

Toc, Toc! Tem alguém ai? 🚪👀 

Hello, Lu!💖 Conta pra gente, quais são as 3 coisas que estão alugando um TRIPLEX na sua cabeça nos últimos tempos?

Oie, eu sou a Luana! Tenho 21 anos, sou apaixonada por comunicação, redes sociais e tudo que envolve criatividade. Amo criar conteúdo, descobrir tendências de moda e beleza, e me perder em projetos que me desafiam e me fazem aprender todo dia. Fora do trabalho, gosto de descobrir coisas novas, me perder em músicas, vídeos e histórias que me inspiram, e estar perto de pessoas que fazem o dia a dia mais leve e divertido. Sou apaixonada por moda, beleza, chocolate e qualquer detalhe que deixe a vida mais colorida.

Os seus highlights preferidos do mundinho fashion desta semana! ✨ No botão abaixo, você confere todas as notícias. 💖💊

FERNANDA TORRES NA CAPA DA NUMÉRO

Nossa ✨movie star✨ favorita apareceu maravilhosa na capa da revista holandesa Numéro. O melhor ensaio da Fernanda Torres é sempre o próximo, né gente?

LIVIA NUNES X RENNER

Cool girl energy! Livia Nunes e Renner anunciaram a nova coleção da loja, que promete levar pro guarda-roupa dos seguidores e seguidoras um pouquinho da essência da influencer. Com uma curadoria feita pela própria Lívia, a coleção promete “inovar no styling e criar múltiplas versões de si mesma”.

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